INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA
No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado ontem no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada salienta-se para os próximos dias, um quadro meteorológico persistente de forte instabilidade atmosférica, salientando-se:
- Precipitação, pontualmente forte e localizada (>10 mm/h), que será persistente ao longo dos próximos dias, com possibilidade de ocorrência de trovoada e queda de granizo.
- Vento a intensificar a partir do quadrante Sul, moderado a forte no litoral e nas terras altas, com rajadas que podem atingir os 90 Km/h. Um agravamento que será mais significativo entre os dias 28fev e 02mar (4ª a 6ª feira) em especial nas regiões Centro e Sul, com rajadas que podem atingir os 100 m/h nas terras altas e 80 Km/ no restante território, não sendo de excluir a possibilidade de fenómenos extremos de vento localizados.
- Agravamento das condições do mar, prevendo-se agitação marítima de sudoeste até 5-7 m com picos máximos da ordem dos 10/12 m (com forte rebentação na costa). As condições do mar poderão ser particularmente danosas para a costa Sul e localmente nos portos mais expostos a correntes de sudoeste.
EFEITOS EXPECTÁVEIS
Em função das condições meteorológicas presentes e previstas é expectável:
- Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
- Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
- Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
- Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
- Danos em estruturas montadas ou suspensas;
- Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
- Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
- Possíveis acidentes na orla costeira;
- Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência.
MEDIDAS DE AUTO-PROTEÇÃO
O SMPC recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água e gelo nas vias;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atenta para a possibilidade de queda de ramos ou árvores, em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas;
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos na orla marítima;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
Colabore. A Proteção Civil começa em si!
Em caso de emergência ligue 112