A definição de desertificação, acordada entre os líderes mundiais na Conferência do rio, em 1992, e aprovada pela Convenção é: “a degradação do solo nas zonas áridas, semi-áridas e sub húmidas, resultante de vários fatores, incluindo variações climáticas e atividades humanas”. Se por um lado a desertificação em regiões áridas e semi-áridas resulta, em grande medida, das variações climáticas, já em regiões sub-húmidas secas a ação do homem sobre o meio é determinante na degradação do sistema.
A desertificação manifesta-se essencialmente pela acentuação da improdutividade do solo e inclui o aumento da salinização dos solos, o aumento do escoamento superficial e da erosão hídrica acelerada do solo, a redução da biodiversidade e a redução da produtividade agrícola, conduzindo ao empobrecimento das comunidades humanas dependentes destes ecossistemas.
Este fenómeno manifesta-se em Portugal, principalmente nas regiões do interior leste e sul, afetadas pela erosão, como resultado de opções culturais e de práticas agrícolas inadequadas assim como de episódios de precipitação intensa em curtos intervalos de tempo. As áreas mais suscetíveis ao processo de desertificação correspondem a cerca de 11% do território, nomeadamente algumas zonas no interior do Alentejo, Algarve e no norte do País. Observa-se ainda que em 60% do território português existe um risco moderado à desertificação. A este fenómeno corresponde, normalmente, o despovoamento do território afetado.
(Fonte CCDR Algarve)
Para mais informações sobre este tema: https://www.ccdr-alg.pt/site/info/indicadores-de-desertificacao-no-algarve